quinta-feira, 23 de julho de 2009

Acaso

Não gosto de esperar pelo a Acaso. Isso mesmo, digo Acaso com letra maiuscula. Por que ele começa a não parecer mais um substantivo comum, mas um nome proprio.

As minhas tentantivas em vão são minha maneira de tentar não depender deste sujeito mal encarado. Ao mesmo tempo que as horas passam e vontade passa. Vou sendo aprisionado por mim mesmo, meu proprio carcereiro.

Quanto mais alto me elevo, mais alto será a dor na hora de cair. Proporção que não queria acreditar, mas já comprovadas tantas vezes.

Quero te ver de novo. Quero te encontrar de novo. Quero você mesmo que não de novo.

E agora José? E agora?

terça-feira, 21 de julho de 2009

e se? .... Sera?

"...sera?...
...sera poderei terminar?...
...terminar a conversa que não terminei...

...e se?...
...e se somente hoje existisse somente Eu e Você?...
...num momento em que nada importa-se..."

*nada muito bonito .... mas quem disse que tenho alguma beleza interior?

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Atacado ou Varejo

Pena eu ter herdado não só o romantismo passado, mas sim também as inseguranças futuras.

A libertinagem me percorre, me desgasta, me sequestra e me seduz. As ultimas doses de perigo não valem mais tanta a pena assim.

Ultimos dias, Ultimas noites.

O que esperar de você? O que esperar?
Queres só um pedaço meu? Ou queres eu como um todo?

Este modelo é defeituoso. Não muito melhor que os outros.

domingo, 12 de julho de 2009

Viver como se fosse o ultimo dia pode realmente tornar-lo ultimo

Sinto-me tão capaz de tudo
insuperável, intocável.


Posso ir a qualquer lugar e fazer o que quero, do jeito que quero.


E ao mesmo tempo morro aos poucos, desconstruo-me;
faço disso momentos que valem a pena serem lembrados e digo:

"Não existi apenas, não coexisti apenas
e pelo menos um dia serei lembrado
e então não lembrarei de nada."

Do que adianta se não for lembrado? Se no outro dia eu volte a ser o mesmo ser degenerado e putrefo que sou. E perceber que tudo foi um devaneio alucido.

As noites se tornam mais longas e os dias mais dolorosos;
A propria vontade se esvai, o orgulho próprio se quebra.
E num dado instante nada mais importa,
Nada mais me atinge, nada mais se repetira.


Começo a perceber o quão vazio estou. Vejo que meu passado, não era tão ruim assim.
Afinal, o que havia de errado em apenas suspirar amores?
O que há de errado em colocar sentimento?
O que havia de errado em colocar sua felicidade a mercê de outra pessoa?