A Babilônia se incendeia
A Babilônia cai
A Babilônia caiu
A Babilônia se transformou CO2
E não foi culpa do Acaso
Foi culpa dela mesma
Somente dela
A Babilônia se perdeu no fim
sem mesmo ter um começo
A Babilônia me faz chorar
mesmo que por lembranças que nunca tive
E agora já é tarde
Tarde.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Pré-Natal
Começo e não querer terminar de novo como sempre se termina uma historia mal digitada (sem pausas) o bordão se repete de qualquer jeito sem a minima relautancia do genero citado de maneira complexa pois até ( sem pontos finais) as 12 horas do dia que não se segue mais o protogoniasta se mostranão conformista (sem exclamações)
*Após meia hora de palavras sem jeito (sem perguntas)
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Lilitchka! (em lugar de uma carta) - 26.5.1916,Petrogrado
Fumo de tabaco roí o ar.
O quarto -
um capítulo
do inferno de Krutchónikh.
Recorda -
atrás desta janela
pela primeira vez
apertei tuas mãos, atônito.
Hoje te sentas,
no coração
- além.
Um dia mais
e me expulsarás,
talvez com zanga.
No teu "hall" escuro longamente o braço,
trêmulo, se recusa a entrar na manga.
Sairei correndo,
lançarei meu corpo à rua.
Transtornado,
tornado
louco pelo desespero.
Não o consintas,
meu amor,
meu bem,
digamos até logo agora.
De qualquer forma
o meu amor
- duro fardo por certo -
pesará sobre ti
onde quer que te encontres.
Deixa que o fel da mágoa ressentida
num último grito estronde.
Quando um boi está morto de trabalho
ele se vai
e se deita na água fria.
Afora o teu amor
para mim
não há mar,
e a dor do teu amor nem a lágrima alivia.
Quando o elefante cansado quer repouso
ele jaz como um rei na areia ardente.
Afora o teu amor
para mim
não há sol,
e eu n
o sei onde estás e com quem.
Se ela assim torturasse um poeta,
trocaria sua amada por dinheiro e glória,
mas a mim
nenhum som me importa
afora o som do teu nome que eu adoro.
E não me lançarei no abismo,
e não beberei veneno,
e não poderei apertar na têmpora o gatilho.
Afora
o teu olhar
nenhuma lâmina me atrai com seu brilho.
Amanhã esquecerás
que eu te pus num pedestal,
que incendiei de amor uma alma livre,
e os dias vãos - rodopiante carnaval -
dispersarão as folhas dos meus livros...
Acaso as folhas secas destes versos
far-te-ão parar,
respiração
opressa?
Deixa-me ao menos
arrelvar numa última carícia
teu passo que se apressa
(Maiakovski)
*viciado em literatura russa
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
(shakespeare)
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Dialogo Interno Nº 1
(Icaro)
"...talvez eu devesse fazer o inverso do que custumo ser...
...vou me sentir bem, ao passo de não se sentir mal...
...perdi minhas asas de cera, ao qual com muito custo eu fiz...
...tento dizer a Apolo, o porque de minha queda...
...o ciclo se completa e o que era incerto não se concretiza...
...talvez meus discursos devessem ser mais curtos...
...e menos claros para me sentir menos eu...
...a grande resposta é uma negativa retorica...
...prolixa em curvas perigosas...
...que se fecham a menor demonstração de afeto...
...talvez eu devesse dançar como a maioria dança...
...mas me demonstro muito desconjuntado para essa tal de degradação...
...ja nem tenho mais medo por que ja não se sente mais...
...quanto maior é a altura que se eleva, maior o sensação de insensatez...
...é estranho sentir a terra antes de tocar solo..."
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Disse o que disse
Digo por mim eu digo
Algo que tinha a dizer
E agora não digo mais
o que eu iria fazer
*Rimas pobres
Algo que tinha a dizer
E agora não digo mais
o que eu iria fazer
*Rimas pobres
domingo, 9 de novembro de 2008
(full back!!)
Isabella de Navarra certa vez perguntou a seu Ministro:
Por que estes Aragoneses ainda insistem em sitiar nossa fortaleza?
O Ministro repondeu:
Talvez eles não queiram esperar mais dez anos
Isabella de Navarra retruca:
Então porque agora eles recuam?
O Ministro responde:
Talvez dez anos não seje tanto tempo assim..
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
(Kamikaze)
Sem nome
Sem discurso fechado
Sem densidade intricita
Sem meias palavras
Sem contratos sociais
Sem cinto de seguança
Sem joguinhos
Sem inocencia
Sem duvida
Sem nada a perder
Sem orgulho proprio
Sem medo
Sem duvida
Sem auto conservação
Sem jogo de cintura
Sem palavras a dizer
Sem paciencia de esperar
Sem uma casa para voltar
Sem docibilidade suficiente
Sem nada a perder
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Não deveria ter sobre ela
Rifa-se um coração
Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero...".
Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá
pra engolir as orelhas, mas que
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta.
Estrela Polar
domingo, 2 de novembro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Impossível
Sozinho não posso
carregar um piano
e menos ainda um cofre-forte.
Como poderia então
retomar de ti meu coração
e carregá-lo de volta?
Os banqueiros dizem com razão:
"Quando nos faltam bolsos,
nós que somos muitíssimo ricos,
guardamos o dinheiro no banco".
Em ti depositei meu amor,
tesouro encerrado em caixa de ferro,
e ando por aí
como um Creso contente.
É natural, pois,
quando me dá vontade,
que eu retire um sorriso,
a metade de um sorriso
ou menos até
e indo com as donas
eu gaste depois da meia-noite
uns quantos rublos de lirismo à toa.
carregar um piano
e menos ainda um cofre-forte.
Como poderia então
retomar de ti meu coração
e carregá-lo de volta?
Os banqueiros dizem com razão:
"Quando nos faltam bolsos,
nós que somos muitíssimo ricos,
guardamos o dinheiro no banco".
Em ti depositei meu amor,
tesouro encerrado em caixa de ferro,
e ando por aí
como um Creso contente.
É natural, pois,
quando me dá vontade,
que eu retire um sorriso,
a metade de um sorriso
ou menos até
e indo com as donas
eu gaste depois da meia-noite
uns quantos rublos de lirismo à toa.
(Maiakovski)
(José)
"...Jose não soube mais o que fazer agora...
... e nem depois de perguntarem indefinidamente...
...mas ja passava da hora de José...
...e para casa ele foi mesmo que não tivesse casa..."
... e nem depois de perguntarem indefinidamente...
...mas ja passava da hora de José...
...e para casa ele foi mesmo que não tivesse casa..."
domingo, 26 de outubro de 2008
(conquistador barato)
"...nada a mais do que menos...
...me torno o pior das antiteses...
...mas sem um unico choro...
...não estou me sufocando 'demais'...
...mas sim me respirando 'demenos'...
...sou toxico e inerente para exposto...
...citado nas ridicularidades sociais..."
...me torno o pior das antiteses...
...mas sem um unico choro...
...não estou me sufocando 'demais'...
...mas sim me respirando 'demenos'...
...sou toxico e inerente para exposto...
...citado nas ridicularidades sociais..."
(Lorah)
"...cada um ando com quem quizer...
...só não querem andar comigo...
...essa historia ja foi contada...
...de varias maneiras mas com mesmo...
...final..."
...só não querem andar comigo...
...essa historia ja foi contada...
...de varias maneiras mas com mesmo...
...final..."
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Modernidade
"...diferente daqueles que precederam...
...eu me mostro menos tolo...
...mas num resumos bruto...
...para ser lapidado se quisera..."
...eu me mostro menos tolo...
...mas num resumos bruto...
...para ser lapidado se quisera..."
Trecho - por Fulano de Albuquerque
"...era madrugada. embora parecesse dia,
tua mão faz poesia, com um cordão dependurado.
um quinhão desamassado, com um verso bem seguro,
conta um fato absurdo, pra espantar a nostalgia.
conta que na calada do dia, sem que estivesse apaixonado,
fizeste a maior loucura, que ainda o pior dos pecados duvida.
puseste a mão na ferida e esqueceste do curado, que não lhe mantinha esquecida.
escolheu morrer em vida, pra não parecer que podia e nem ter de dar recado.
morreu pensando na vida.
morreu lambuzado, pelo mel da ferida.
aquilo tudo parecia iluminado.
mas era madrugada, embora parecesse dia..."
"...era madrugada. embora parecesse dia,
tua mão faz poesia, com um cordão dependurado.
um quinhão desamassado, com um verso bem seguro,
conta um fato absurdo, pra espantar a nostalgia.
conta que na calada do dia, sem que estivesse apaixonado,
fizeste a maior loucura, que ainda o pior dos pecados duvida.
puseste a mão na ferida e esqueceste do curado, que não lhe mantinha esquecida.
escolheu morrer em vida, pra não parecer que podia e nem ter de dar recado.
morreu pensando na vida.
morreu lambuzado, pelo mel da ferida.
aquilo tudo parecia iluminado.
mas era madrugada, embora parecesse dia..."
tua mão faz poesia, com um cordão dependurado.
um quinhão desamassado, com um verso bem seguro,
conta um fato absurdo, pra espantar a nostalgia.
conta que na calada do dia, sem que estivesse apaixonado,
fizeste a maior loucura, que ainda o pior dos pecados duvida.
puseste a mão na ferida e esqueceste do curado, que não lhe mantinha esquecida.
escolheu morrer em vida, pra não parecer que podia e nem ter de dar recado.
morreu pensando na vida.
morreu lambuzado, pelo mel da ferida.
aquilo tudo parecia iluminado.
mas era madrugada, embora parecesse dia..."
"...era madrugada. embora parecesse dia,
tua mão faz poesia, com um cordão dependurado.
um quinhão desamassado, com um verso bem seguro,
conta um fato absurdo, pra espantar a nostalgia.
conta que na calada do dia, sem que estivesse apaixonado,
fizeste a maior loucura, que ainda o pior dos pecados duvida.
puseste a mão na ferida e esqueceste do curado, que não lhe mantinha esquecida.
escolheu morrer em vida, pra não parecer que podia e nem ter de dar recado.
morreu pensando na vida.
morreu lambuzado, pelo mel da ferida.
aquilo tudo parecia iluminado.
mas era madrugada, embora parecesse dia..."
domingo, 19 de outubro de 2008
(refinal)
"...a unica certeza...
...é a propria moral que continua...
...inauterada?..
...rigida?...
...presuposta..."
...é a propria moral que continua...
...inauterada?..
...rigida?...
...presuposta..."
(recomeço)
"... quem você nega?...
...Eu...
...Talvez possa não ser realmente você...
...As animos se renovam..."
...Eu...
...Talvez possa não ser realmente você...
...As animos se renovam..."
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Dizima de um só
"O seu nome é Dulcinéia, sua pátria Toboso, um lugar da Mancha; a sua qualidade há de ser, pelo menos, Princesa, pois é Rainha e senhora minha; sua formosura sobre-humana, pois nela se realizam todos os impossíveis e quiméricos tributos de formosura"
(passagem de Dom Quixote )
Na minha epoca de medio custumeiramente eu tendia a zombar daqueles poetas mortos que escreviam as coisas mais belas em meio a desgraça. Poetas esses, que dificilmente conquistavam a "sua musa" e viviam o resto de seus anos escrevendo coisas em seu silencio e as vezes, mesmo que em vão, gritavam/ publicavam suas obras para que todos podessem ouvir e/ou talvez o objeto de seu desejo.
Eles eram todos homericos demais, transformavam coisas pequenas em algo colossal, provavelmente a tal musa desses caras (poetas?) era a mina (donzela?) que deu 10 centavos de troco na padaria onde eles compraram pão de manha. Diria então que poderiam ser chamados de amplificadores (trouxas?) de sentimentos, transformando toda e qualquer resquicio em algo monumental (com palavras esteticamente e em redondilhas maiores).
(pausa)
Entretanto seculos depois se tornam icones da rejeição (não todos em sua maioria mas sim a maioria como um todo) e passam a ser estudados, mantendo assim aquele mesmo tom de ironia que os inquietavam e que os vislumbravam.
Não existem mais poetas .... apenas ceticos ...isso... desacreditados .... tanto em si e em neles mesmo...
Então me torno um cetico ...pois agora não acredito em nada disso ...
At the end ... one humdred yers is soo much time to wait
... and then the next bus never come
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Você é o que você trabalha
Eu nasci...eu cresci...eu estudei...eu trabalho. Por definição poderia me auto afirmar um trabalhador, isso por que eu trabalho.
Então eu faço parte dessa grande maioria proletaria, a grande massa, massa essa que trabalha e é a maioria....
Essas são palavras massantes demais até mesmo para as massas... por via direta.
Sem trabalho você não vive e não vivendo você não pode trabalhar...
...Acho que fui enganado no final das contas...
Afinal a cigarra sempre foi mais feliz na historia toda...mas provavelmente ela congelou sozinha no infimo inverno...
Então eu faço parte dessa grande maioria proletaria, a grande massa, massa essa que trabalha e é a maioria....
Essas são palavras massantes demais até mesmo para as massas... por via direta.
Sem trabalho você não vive e não vivendo você não pode trabalhar...
...Acho que fui enganado no final das contas...
Afinal a cigarra sempre foi mais feliz na historia toda...mas provavelmente ela congelou sozinha no infimo inverno...
domingo, 30 de março de 2008
Ad Portas!
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